
Segundo o diretor da instituição, Perieldo Jesus de Barros, a
educação integral também contribui para suprir a carência de lazer,
cultura e acesso dos estudantes a tecnologias digitais. Ele também
constata mais zelo pelo patrimônio da instituição e mais respeito aos
professores. “Esses motivos fazem a educação integral ser bem aceita por
pais e professores”, enfatiza Barros.
O colégio adotou a educação integral em 2008, quando aderiu ao
programa Mais Educação. A partir de 2014, passou a ser oficialmente uma
escola de educação integral da rede estadual de ensino da Bahia. “Essa
modalidade foi adotada com o objetivo de alcançar a desejada qualidade
de ensino, de buscar formas de melhorar o aprendizado do estudante e o
seu desempenho nas avaliações”, explica o diretor. Ele cita ainda a
vontade de promover a perspectiva de uma vida melhor para os alunos,
fora dos perigos das ruas.
Barros tem 23 anos de magistério e quatro no cargo de diretor. A
experiência como gestor escolar, entretanto, é de 13 anos. Com graduação
em letras e pós-graduação em educação, ciência e contemporaneidade e em
docência no ensino superior, ele faz curso de direito.
Oficinas — Os estudantes participam de atividades
educativas de segunda a sexta-feira, em um total de sete a nove horas de
aulas por dia. Eles permanecem na escola no decorrer do dia, com lanche
de manhã e à tarde, além do almoço. Todos participam obrigatoriamente
das oficinas previstas no currículo. Esporte e lazer (futsal e
basquete), cultura e arte (dança, hip-hop, grafitagem e africanidades),
uso de mídias e cultura digital (tecnologias digitais, vídeo e rádio)
são as opções.
Ator, bailarino e coreógrafo, Vagner Jesus dos Santos ministra
oficina de dança no horário matutino, em articulação com as disciplinas
arte e linguagem artística. Há sete anos no exercício da atividade, ele
percebe o interesse dos estudantes durante as aulas. “Eles participam
com entusiasmo”, revela. Em sua visão, a educação integral proporciona
muitos benefícios. Entre eles, o incentivo à participação dos alunos nas
atividades lúdicas e pedagógicas, com êxito na integração social, a
frequência assídua às aulas e o período por mais tempo na escola, com
aprendizagens significativas.
Diálogo — Para a professora Márcia Regina da Silva
Paim, é possível evidenciar a importância do diálogo e das parcerias
entre a unidade escolar e a comunidade. “O diálogo auxilia na
integração, na participação e no sentimento dos alunos em relação ao
bairro, à escola e à comunidade, assim como o aumento do rendimento
escolar em algumas situações”, salienta. De acordo com Márcia Regina, as
estratégias de educação integral possibilitam experiências e discussões
e a realização de atividades interdisciplinares, como feiras de
ciências e matemática e a Feira das Nações Africanas, inseridas no
calendário e no projeto político-pedagógico e social da escola, com
aceitação dos estudantes.
“A partir da educação integral, houve o entrelaçamento com o programa Mais Educação
nas áreas de cultura, informática e mídias, o que corrobora o sentido
de criar oportunidade de desenvolvimento holístico de crianças e
adolescentes”, enfatiza a professora. Isso, na opinião de Márcia Regina,
favorece um ensino que contemple a integração professor, monitor e
aluno pela diversidade, inclusão, acesso e permanência e sucesso do
estudante dentro e fora do ambiente escolar.
Há 21 anos no magistério, Márcia Regina tem licenciatura em história e
mestrado em história social. Ela leciona no Colégio Helena Celestino
Magalhães há seis anos, de manhã e à tarde. Este ano, dá aulas a turmas
do nono ano do ensino fundamental e dos três anos do ensino médio.
Fonte: Fátima Schenini do Portal do MEC
Fonte: Fátima Schenini do Portal do MEC
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