O porcentual de jovens de 15 a 17 anos que frequentavam a escola caiu de
85,2% em 2009 para 83,7% em 2011, segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com especialistas, isso se
deve a fatores como a qualidade do ensino médio, considerada baixa, e a
atração pelo mercado de trabalho, que está aquecido. Entre as crianças
de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização teve um aumento de 0,6 ponto
porcentual, passando de 97,6% para 98,2% no mesmo período. O estudo do
IBGE mostra a influência da questão do rendimento domiciliar na
frequência escolar principalmente entre crianças de 4 ou 5 anos de
idade: quanto maior a renda, maior a chance de ir para a escola.
O
IBGE aponta queda considerada importante do porcentual daqueles que
possuíam nível fundamental incompleto ou equivalente na comparação entre
2009 e 2011, de 36,9% para 31,5%. Aumentou a proporção de pessoas com
nível fundamental completo ou equivalente, com nível médio completo ou
equivalente e com nível superior completo.
No entanto, a
Pnad mostra que o País ainda tem 12,9 milhões de analfabetos com 15 anos
ou mais de idade. Esse contingente está concentrado no Nordeste,
especialmente na população com 50 anos ou mais. Mais da metade (52,7%)
do total de analfabetos do País está na região Nordeste, onde foi
verificada a maior redução da taxa de analfabetismo no período
analisado. Apesar das quedas sucessivas nos últimos anos, o Nordeste
apresenta uma taxa que atingiu quase o dobro da média nacional (16,9%
ante 8,6%) em 2011. No grupo das pessoas com 50 anos ou mais no
Nordeste, mais de um terço (35,6%) são analfabetos. No País, a taxa de
analfabetismo caiu 1,1 ponto porcentual de 2009 para 2011. A redução se
deve a questões demográficas. Do total de analfabetos, mais da metade
(8,2 milhões) tinha 50 anos ou mais.
A Pnad também mostra
que, em 2009, a rede pública de ensino foi responsável pelo atendimento a
87,0% dos estudantes do nível fundamental, 86,4% do nível médio e 23,3%
do nível superior. Em 2011, o porcentual foi o mesmo no ensino
fundamental, oscilou para 87,2% no nível médio e subiu para 26,8% no
ensino superior. Em 2011, a população de 10 anos ou mais de idade tinha,
em média, 7,3 anos de estudo. As mulheres, de modo geral, são mais
escolarizadas que os homens, com média de 7,5 anos de estudo, enquanto
eles têm 7,1 anos de estudo, segundo o IBGE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário